quinta-feira, 18 de junho de 2009

Educar é tudo

Inteligências Múltiplas e Emocionais


(Celso Antunes)
Especialista em educação

1. Como definir inteligência?

Inteligência é a capacidade de resolver problemas, compreender idéias, interpretar informações transformando as em conhecimento e, também, a capacidade de criar. Constitui um componente biopsicológico que difere o ser humano de outras espécies animais.

2. Existem informações novas sobre a Inteligência humana que podem dar nova dimensão à educação?

Existem. Durante muitos anos a descoberta do funcionamento da mente constituía-se em um desafio para a neurologia. Observar o cérebro humano em ação era impossível em uma pessoa viva e essa dificuldade gerava uma série de hipóteses sobre o pensamento, consciência, memória e naturalmente, inteligência. Atualmente sistemas avançados de Tomografias por Emissão de Pósitrons ou mesmo Ressonâncias Magnéticas específicas podem "abrir" o cérebro de uma pessoa viva e acompanhar suas reações. Existe, é evidente, muito a fazer, mas há uma distância considerável entre o que se sabe e o que era sabido há dez anos atrás sobre inteligência.

3. E quais as implicações educacionais dessas descobertas sobre a idéia de inteligência?

Pelo menos, três avanços neurológicos parecem extremamente significativos: o primeiro, é que a inteligência pode ser estimulada e o papel do meio ambiente associa-se ao da hereditariedade na construção de pessoas mais ou menos inteligentes; segundo, não existe uma inteligência na mente humana, mas diversas inteligências que compõe espectros altamente diferenciados; terceiro, o estímulo a essas inteligências não requer tecnologia de ponta ou investimentos que inviabilizem sua prática em todo lugar, em qualquer família ou escola.

4. É possível constatarmos nas pessoas com as quais nos relacionamos as evidências dessa multiplicidade de espectro?

Sem dúvida. A humanidade sempre valorizou a inteligência de Mozart e de Einstein, de Camões e de Niemayer, de Picasso e de Ghandi assim como de muitos outros, mas sempre soube diferenciar a natureza específica de suas competências. Não é necessário aprofundar a genialidade para perceber entre nossos amigos ou alunos, inteligências lingüísticas, matemáticas espaciais e outras.

5. Essas inteligências múltiplas atuam isoladamente? Podem ser estimuladas de forma específica?

De forma alguma. As ações no cérebro atuam com sistemas integrados mais ou menos como o conjunto de folhas de uma copa agitada pelo vento. É impossível isolarmos uma inteligência, ainda que estímulos específicos podem atuar mais sobre uma que sobre as outras.

6. Quais são essas inteligências?

Embora seja muito mais importante observar o espectro das inteligências e identificar o indivíduo por sua multiplicidade, ainda que se destacando por esta ou aquela linguagem, as inteligências apontadas por Howard Gardner, da Universidade de Harvard, são as de natureza lingüística, lógico - matemáticas, espacial, musical, cinestésico - corporal, naturalista e as inteligências pessoais.

7. E as inteligências emocionais?

Gardner não fala em inteligência emocional. A expressão veio de Daniel Goleman, e sua obra ainda que bem menos densa que os estudos de Gardner, sugerem que as emoções seriam processadas pelas inteligências pessoais, isto é, a intrapessoal, ligada a auto-estima, segurança e capacidade de administrar de maneira satisfatória a autopercepção e a inteligência interpessoal, associada a empatia, "leitura" e compreensão do outro e de seus sentimentos.

8. É possível estimular - se as inteligências emocionais? Esse estímulo seria auto - ajuda?

A reposta é sim e não. É evidente que é possível aperfeiçoarmos as inteligências pessoais em conjunto ou mais explicitamente uma delas, ainda que esse estímulo seja lento e os resultados progressivos, algo assim como aprender a tocar violino. Não existe relação entre a alfabetização emocional e a auto - ajuda. Em primeiro lugar porquê auto - ajuda se associa a "domesticação das emoções" algo muito distante da alfabetização emocional. Em segundo lugar porquê a pretensa auto - ajuda dispensa as interações e a intervenção do professor e psicólogo, o que não ocorre com a alfabetização emocional e, finalmente, porquê toda auto - ajuda promete milagres com uma simples leitura e meia dúzia de conselhos, procedimento anos-luz distante de uma verdadeira alfabetização emocional.

Obs.: esta entrevista foi extraída do site Estação Educação. Para mais informações acesse: http://estacaoeducacao.starmedia.com/

Posia: Sonhos de Menino


Jorge Linhaça

O menino sonha o porvir
já na hora de dormir
Sonha em ser marinheiro
ou quem sabe um vaqueiro

O menino sonha o futuro
não vê ainda o lado escuro
Sonha tantas esperanças
no seus sonhos de criança

Sonha, sonha meu menino
em preces ao céu subindo
sonha sonhos encantados
sonha, meu filho adorado

Que eles se realizem
que não sejam só fuligem
Sonha pois menino amado
sejas tu abençoado

quarta-feira, 29 de abril de 2009

quarta-feira, 22 de abril de 2009

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